Cézanne explica: o abstrato como resultado e rompimento, (de)composição da história da arte Arte Cézanne explica: o abstrato como resultado e rompimento, (de)composição da história da arte Não entende bulhufas de arte abstrata? Cézanne explica! por Juliano Mignacca
Max Ernst e o Triunfo do Surrealismo A pintura para mim não é nem um prazer decorativo, nem a invenção plástica da realidade sentida; ela deve ser sempre: invenção, descoberta, revelação. Max Ernst (1891 – 1976) Max Ernst foi soldado na Primeira Guerra Mundial e guerrilheiro na arte. Surrealista radical, Ernst pintou pesadelos coloridos e imagens perturbadoras. Rompeu com a estética tradicional, buscando novas formas de expressão […]
Nuanças ao vento: a obsessão cromática de Claude Monet “A cor é a minha obsessão, alegria e tormento, diários. De tal modo que um dia, no leito de morte de uma mulher que tinha sido e ainda era muito querida para mim, eu me peguei no ato de focar o seu rosto e automaticamente analisar a gradação de cores que a morte impunha em seu […]
A exceção de Degas na violência interior Degas (1834-1917) ficou conhecido como o pintor das bailarinas. Pintou em lindas telas mocinhas flutuantes nos palcos e ensaios do balé parisiense. Mas em um quadro, um único quadro, pintou sutilmente o tema da violência, da relação de força entre um homem e uma mulher, no ponto obscuro da intimidade, no Interior, no tenebroso interior […]
Rembrandt: O Filósofo em Meditação, 1632 A espiral da escada e do conhecimento, que parte da luz e da razão para o escuro e misterioso caminho do pensamento, degrau por degrau, cumulativamente. Para percorrê-lo, o filósofo, à luz da janela, segura as mãos e inclina a cabeça, quieto, perdido em si mesmo, na intimidade do espaço doméstico. A atmosfera é criada pelo contraste entre […]
The Lady of Shalott: a maldição do amor e da paixão contra o destino e a sociedade Lord Tennyson (1809–1892) escreveu The Lady of Shalott, aos 24 anos, enebriado pelas lendas do Rei Arthur e a Távola Redonda. No poema, o tema escolhido foi a maldição da Dama de Shalott: Aprisionada em um castelo às margens do rio que leva à Camelot, ela não podia sequer olhar diretamente para fora, pela janela, […]
O Errante Sobre o Mar de Névoa Der Wanderer über dem Nebelmeer, 1818 Caspar David Friedrich (1774 – 1840) Solitário, o errante romântico admira a paisagem “sobre o mar de névoa”… A natureza que se impõe ao ínfimo do ser humano à beira do precipício. Diante dele a paisagem, o mundo, a solidão e a própria morte. Basta um passo. O destino […]
Jan Vermeer, Het Melkmeisje, A Leiteira, 1658-60 Invadindo a intimidade do ambiente, Vermeer lança luz (através da janela) sobre a “Moça com Jarro de Leite” absorta em sua tarefa cotidiana e banal. Perdida em pensamentos, alheia ao olhar do espectador, ela irradia sua beleza simples e quieta num ambiente humilde de paredes rachadas e mesa pequena. Detalhes e minúcias, dobras e sombras, […]
L’Art Nouveau d’Alphonse Mucha, a arte em cartaz Alphonse Mucha (1860 – 1939) foi um dos maiores expoentes da Art Nouveau. Nascido na Morávia, atual República Checa, ganhou expressão em Paris na virada do século XIX para o XX. Ficou famoso por seus cartazes e ilustrações, sobretudo após produzir os posters dos espetáculos de Sarah Bernhardt. Produziu uma arte gráfica, decorativa, com traços […]
Salvador Dalí, “A Persistência da Memória”, 1931 A modernidade é a supremacia do tempo mecânico, marcado pela máquina que rotiniza a natureza do próprio tempo. A dureza do relógio, exato, tedioso e implacável. Minutos, segundos e frações. Para Salvador Dalí o espectro da memória persiste na subversão da ideia, no derretimento da solidez das imagens dominantes, no amolecimento da consciência. Os relógios […]