A espiral da escada e do conhecimento, que parte da luz e da razão para o escuro e misterioso caminho do pensamento, degrau por degrau, cumulativamente. Para percorrê-lo, o filósofo, à luz da janela, segura as mãos e inclina a cabeça, quieto, perdido em si mesmo, na intimidade do espaço doméstico. A atmosfera é criada pelo contraste entre a luz que penetra a cena vinda de fora e as sombras do interior, aguçadas pelo ponto escuro no alto da escada e no centro da tela. Uma outra fonte de luz, o fogo atiçado por uma mulher, emana também calor para o ambiente entre o marrom e o dourado, monocromático. Ela se curva ao trabalho, ele ao pensamento. Linhas e detalhes que prendem o olhar na genialidade de Rembrandt.