Frans Hals e sutileza da arte a serviço das tentações

por Homero Nunes
Os Países Baixos produziram um barroco cheio de detalhes e grandes pintores. No hall dos gênios da pintura flamenga destaca-se Frans Hals (1580-1666), o pintor de retratos sorridentes e expressões descontraídas. Fazendo uso de um jogo de luz e cores, Hals quebrou a seriedade protestante que dominava sua época, retratando os soturnos puritanos com brilho no olhar e sorriso no rosto, e expandiu a arte na direção da sociedade burguesa, retratando comerciantes, artistas, músicos e pessoas do povo. Na tela abaixo, Isaak Abrahamsz Massa e Beatrix van der Lean, de 1622, por exemplo, Frans Hals pintou o próspero comerciante burguês e sua recente esposa, em vestes mais que puritanas, sentados à relva, recostados numa árvore, ele quase bonachão, ela com um sorrisinho safado e olhar quase profano. A sutileza da arte a serviço das tentações. 
 
Curiosidade:
É de Frans Hals o retrato mais conhecido do filósofo René Descartes

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