Marshall McLuhan, o meio é a mensagem

por Homero Nunes

Os homens criam as ferramentas,

as ferramentas recriam os homens

Marshall McLuhan (1911 – 1980)

Nós dirigimos para o futuro usando apenas o nosso espelho retrovisor.

Não existem passageiros na espaçonave Terra. Somos todos tripulação.

O transporte de massa está fadado ao fracasso porque o carro é o único lugar onde uma pessoa pode ficar sozinha e pensar.

O carro se tornou a carapaça, a concha protetora e agressiva, do homem urbano e suburbano.

A maioria das pessoas está ligada a um tempo anterior, mas você deve estar vivo em nosso próprio tempo.

Hoje, o tirano governa não pelo cassetete e pelo punho; mas, disfarçado em pesquisador de mercado, ele conduz seu rebanho pelos caminhos da utilidade e do conforto.

Para o homem primitivo, a noção de espaço era um mistério incontrolável. Para o homem da era tecnológica é o tempo que tem esse papel.

A guerra nada mais é do que apressar uma transformação por meios técnicos.

A indignação moral é uma técnica para dotar o tolo com dignidade.

O Rock and Roll é a maior renovação artística desde Homero.

A publicidade é um strip-tease ambiental para um mundo de abundância.

Riqueza cria pobreza

Os meios de comunicação existem para investir nossas vidas com percepções artificiais e valores arbitrários

A escuridão é para o espaço que o silêncio é para o som, ou seja, o intervalo.

Historiadores e arqueólogos irão descobrir um dia que os anúncios de nosso tempo são as mais ricas e mais fiéis representações que qualquer sociedade já fez sobre toda a sua gama de atividades.

Confusões inumeráveis e um sentimento de desespero emergem invariavelmente nos períodos de transição tecnológica e cultural.

Obsolescência nunca significou o fim de nada, é apenas o começo.

Nossa era da ansiedade é, em grande parte, resultado de tentar fazer o trabalho de hoje com ferramentas de ontem e os conceitos de ontem.

Quanto mais os bancos de dados gravam registros sobre cada um de nós, menos nós existimos.

Eu não necessariamente concordo com tudo que eu digo.

De McLuhan, compensa: