Pink Floyd The Wall, o disco

por Homero Nunes
But it was only, fantasy
The wall was too high, as you can see
No matter how he tried, he could not break free
And the worms ate into his brain
 
 
 
Pink Floyd The Wall é uma experiência multidimensional em disco, filme e show, ou melhor, som, imagem e muito rock n’ roll. O disco é uma viagem musical ao sombrio mundo de Roger Waters, entre letras cabeçudas e sonoridade visceral, profunda. Só por Confortably Numb, Mother, Hey You e Another Brick…, The Wall já seria um clássico, mas são 26 músicas dispostas em um álbum duplo, primoroso.
 
Concebido na angústia de um rock star em crise existencial (Roger Waters) e na paranóia persistente do pós-guerra, The Wall é uma ópera rock sobre a vida em um mundo opressor e injusto, na crueldade da família, da escola, da indústria da música. Professor malvado sarcástico, mãe superprotetora sufocante, pai cadáver morto na guerra, produtor musical sanguessuga e o sistema opressor massacrante são os personagens que repercutem nas letras entre solos de guitarra (David Gilmour), baixo marcante (Waters), bateria militar (Nick Mason) e teclado progressivo (Richard Wright).
 
A metáfora do muro, the wall, divide a vida em crise, o artista e o público e se expande no contexto do próprio mundo, onde muros dividem pensamentos e pessoas, ideologias, religiões, classes e os vermes que comem o seu cérebro.
 
Pink Floyd
The Wall
1979
Escute o disco todo, na sequência original.
 
 

Em 1990, The Wall foi executado em Berlin, 8 meses após a queda do muro, com a participação de vários músicos convidados em uma apresentação histórica. O resultado foi a versão ao vivo do disco, também um clássico dos shows de rock.
Em 2010, Roger Waters entrou em tournée com o disco novamente, tocando em diversos países, inclusive no Brasil. Mais uma vez com imensa parafernália visual nos shows e profundos discursos políticos atualizados. Showzaço!

Sobre a adaptação do álbum para o cinema, segue o link:

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