Há 40 anos (25 de julho de 1980) era lançado o álbum Back In Black, do AC/DC. Com a árdua tarefa de continuar o sucesso alcançado por Highway To Hell, e somente seis meses após a morte de Bon Scott (fevereiro de 1980), Back In Black se tornou o disco de maior sucesso da banda australiana, o disco de rock mais vendido de todos os tempos e um dos álbuns mais vendidos do mundo, ficando atrás somente da obra prima de Michael Jackson, Thriller. 

As lentas badaladas do sino de “Hells Bells” abrem o álbum, exorcizando os fantasmas da trágica perda do vocalista e sinalizando uma nova era para o AC/DC e para o rock cru que continuaria a guiar a banda até os dias de hoje. Nas apresentações ao vivo, um sino de meia tonelada é balançado pelo vocalista Brian Johnson quando a faixa é executada. Na sequência vem “Shoot To Thrill”, com um forte apelo sexual implícito, e “What Do You Do For Money Honey” com um riff forte e marcante, característica sempre presente da banda. A curiosidade é que, diferente do que muitos pensam, os famosos riffs do AC/DC não são obras do guitarrista Angus Young e sim de seu irmão, o guitarrista base e líder da banda, Malcom Young, falecido em 2017.

Angus Young na tournée Back In Black, Londres, 1980. Foto: Michael Putland.

Após um desfile de riffs pesados e crus vem um dos maiores hinos do rock, a música pela qual o AC/DC é reconhecido mundialmente: “BackIn Black”. Na versão em vinil a faixa é a primeira do lado B. Como assim? Pode soar estranho a faixa título de um disco não ser apresentada logo de cara, receita adotada desde os primórdios da indústria fonográfica. Aqui o fator surpresa toma conta, e como uma criança que deixa a melhor parte do doce para o final, assim é “Back In Black”. Praticamente um tributo a Bon Scott e ícone da reviravolta na carreira da banda, a música é a fórmula perfeita do sucesso do rock. Forte, cadenciada, quase hipnótica (quem não viu a multidão pulando em forma de onda na apresentação do AC/DC no estádio do River Plate? Segue link abaixo), é praticamente impossível não reconhecer ou se impressionar com esta obra-prima. Na letra há uma parte que diz “Forget the hearse ‘cause I never die. I got nine lives”. Traduzindo para o português, “esqueça o carro fúnebre, porque eu nunca morri. Eutenho nove vidas”. Bon Scott viverá para sempre na memória do AC/CD, que após Back In Black ainda lançou 9 discos e continua na ativa.

por L.G. Moura

Compensa ver e ouvir:

AC/DC – Back In Black (Ao vivo no Estádio do River Plate, dezembro 2009)

AC/DC – The Story Of Back In Black Episode 1 — You Shook Me All Night Long

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